segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Esqueçam o resultado.

Semana passada a queridona CBF, presidenciada pelo mais biônico de todos os cartolas de lá, José Maria Marin(ho), resolver dar fim a aventura de Mano "papo lento" Menezes no comando da seleção brasileira de futebol. Muito já foi falado sobre isso e não vale a pena gastar caracteres com o que pode ser lido em qualquer site de meia tigela (Leia-se Globo.com)
Interessa, a partir da demissão de Mano, qual será o seu sucessor. O fanfarrão, e já quase fora da CBF, Andres Sanchez afirmou, com a empáfia que é característica da entidade, que existem 6 ou 7 nomes qualificados para assumir o comando técnico do selecionado amarelo. E foi endossado por alguns jornalistas amigos.

Com toda falta de respeito que é devida a este cidadão, não se consegue enxergar mais do que 3 nomes realmente com alguma qualificação para o cargo. E, como sempre, já se fez a lista dos mais cotados. Deixando de fora o sonho estrangeiro, vamos aos que podem virar realidade e acabar com a batata quente na mão:

Luís Felipe Scolari (feat. Murtosa)

Ultimo vencedor de Mundial pela seleção brasileira, o gaúcho é o mais cotado para assumir o time novamente, afirmam jornalistas de verdade. O que faltaria são detalhes pouco importantes, como a autonomia para montar o time, escalar e armar do jeito que lhe couber nos bigodes.
O nome e a grife, todavia, estão falando muito mais alto do que os resultados. Felipão tem o mérito de levar Portugal a semifinal do mundial de 2006. E só. Desde então, só decepção. Perdeu a Euro-2004 para a Grécia. Quando Big Phil assumiu o Chelsea, foi chutado pelos "Senators" do time sem conquistar uma maldita "Silverware". Foi trabalhar no Uzbequistão por 2 anos, voltou e ajudou a afundar o já na m#erda Palmeiras.

Muricy-bol Ramalho

Conquistou  3 campeonatos brasileiros seguidos (2006-2008), depois venceu o BR-10, levantou a  Libertadores 2011 com o Santos. Arma equipes sólidas na defesa e eficientes no ataque.
Não é exatamente o que os brasileiros imaginam como tático e muito menos o melhor amigo de um futebol bonito de se ver, mas suas qualidades são inegáveis. Se o que a CBF quer é resultado, não importando a qualidade do jogo, esse é o candidato.
Adenor Tite.

Campeão brasileiro em 2011 e da Taça Libertadores. Eleito o mais novo santo-herói curintxiano. Também é outro que arma defesas muito bem, a marcação imprimida pelo Curintchias durante toda as campanhas vitoriosas citadas foi impressionante. Talvez os únicos problemas sejam que ele precise de tempo e trabalho intenso para passar aos jogadores o que ele precisa, e isso é um luxo que o comandante da seleção amarela não terá.

Abel "Whisky a go-go" Braga

Técnico com experiência nacional e internacional comprovadamente vitoriosas, atual campeão brasileiro. Não difere muito dos últimos 2 citados no jeito em que arma seus times. Apenas pela incrível vermelhidão em seus olhos.
Treinadores legais, vitoriosos e tals. Mas, pessoalmente, temos um candidato mais divertido a indicar ao cargo. Vamos começar a campanha por ele:

Alexi Stival, o Cuca.

Ele é sensacional. Tem 3 títulos estaduais apenas no currículo. Mas a cara de choro que ele faz quando leva um gol não tem preço. Imagina a cena: Semifinal do Mundial-14, Brasil vencendo por 2X0 a Alemanha quando os germânicos marcam. Imaginou a cara do Cuca? Seria mais ou menos essa:
Nada mais divertido do que o Cuca no comando do time da CBF. As derrotas seriam mais engraçadas, e as vitórias mais sofridas. Ou vice-versa. Por isso, esqueçam o resultado, vamos deixar o futebol divertido. E o Cuca faz a alegria de todos. Mais ou menos, né.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Ode ao Futebol Moderno - Parte 1

O título se explicará ao longo do texto, além de ser uma homenagem a Mario de Andrade e sua Paulicéia desvairada. Esqueçam ele por enquanto, se atenham ao importante aqui: O que é o futebol moderno?

O texto foi meio encomendado pelo amigo de longa data, o sr. @HerrPires. Enquanto assistia a partida entre Bangu e Nova Iguaçu, no glorioso estádio Moça "derretendo" Bonita, o porquinho viu uma placa que não trazia nenhuma frase nova para que acompanha o velho e delicioso esporte bretão. Os torcedores esticaram a flâmula com as palavras "Não ao Futebol Moderno !". Afirmo que essas palavras não são novidade alguma pois até um ótimo jornalista, Mauro Cezar Pereira, da ESPN, e seu colega Flávio Gomes já proferiram tal síntese de ódio e desprezo a modernidade do jogo bonito.

Contudo, entretanto, todavia, ficou em aberta a questão do que seria, na verdade, esse futebol moderno. E como bons pilantras e canalhas da internet, nada mais justo do que ficar em cima do muro e mostrar as possíveis facetas desse "novo" futebol.
Se esse tal "Futebol Moderno" a que os torcedores, jornalistas e Marias que falam de esporte se referem, for aquele que proibiu bandeiras e rojões em estádios, que pune com cartão amarelo o jogador que na euforia de marcar um gol, corre em direção a sua torcida e arranca a camisa ou sobe no alambrado, é de bom tom tal crítica. Se for aquele em que os Tribunais desportivos e seus *gasp* nobres julgadores puxam o holofote para si, ou aquele em que os clubes pequenos agonizam e só podem sobreviver as custas de contraventores ou empresários pouco ligados a história destes e seus torcedores, não há o que criticar a placa e seu discurso. Ainda, jogadores que se tornaram verdadeiros ciganos, sem qualquer apego as camisas que vestem dão mais razão ainda a faixa.
Qualquer amante do verdadeiro esporte e sua magia tem nojo do que se tornou o futebol. O que outrora era paixão, emoção, amor incondicional, se tornou, para muitos, mercadoria. Inclusive para as futuras gerações de torcedores. Os valores foram invertidos, e os estádios, que em outras épocas eram ponto de encontro para as massas de pessoas com as mesmas camisas, as mesmas músicas ensaiadas e de classes sociais diferentes, tornaram -se reduto de mosquitos e vândalos, torcedores profissionais e predadores do próprio clube. Os ingressas ficaram mais caros e a família agora prefere se reunir na frente da TV, comendo sua pipoca na segurança e conforto de seu sofá. Ou na birosca da esquina, na casa da sogra. Em qualquer lugar,  menos nas arquibancadas. Esse é o efeito mais marcante dessa modernização do futebol.
Seguindo esse caminho, o futebol brasileiro esmorece, morre aos poucos. Alguns enriquecem, e não são os clubes, ainda mais os pequenos, como Bangu e Nova Iguaçu. A esses, resta comer mortadela e arrotar caviar.

A este Futebol Moderno, Mario de Andrade escreveu:


"Eu insulto as aristocracias cautelosas! 
Os barões lampiões! os condes Joões! os duques zurros! 
que vivem dentro de muros sem pulos; 
e gemem sangues de alguns mil-réis fracos 
para dizerem que as filhas da senhora falam o francês 
e tocam os "Printemps" com as unhas!"


sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Ser feito de idiota - A grande modalidade esportiva brasileira - Parte 1

Bom dia esse para uma postagem que chama a atenção para alguns pontos. Esse é um discurso do Deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) sobre a reforma do complexo do Maracanã e a venda do Estado e do Município para a iniciativa privada.
 
Quem não é do Rio de Janeiro, ou nunca ouviu falar do Freixo, deveria se informar mais sobre o cidadão. Candidato derrotado pelo miliciano-safado-corrupto-desgraçado Eduardo Paes, reeleito prefeito do município do RJ.

Assistam, por favor:

Além de todos os pontos magistralmente tocados pelo Freixo, temos novas provas e acusações. Aliás, nem tão novas, mas que indicam a merda que foi feita na hora da reeleição do tal Paes.

Toda equipe do MdC está cansada de avisar, de apontar, de informar. Mas o povo não escuta. Esporte é apenas diversão, dizem. Enquanto isso, um Estado da República Federativa do Brasil é VENDIDO.

O dia de finados foi escolhido especialmente porque a inteligência de um povo com quase 200 milhões de pessoas vai morrendo de forma cada vez mais rápida.

Crédito do título:  @alcysio