sábado, 25 de junho de 2011

The Special Trio - Mourinho e suas crias.


            Madrid. Quinta Feira, dia 23 de junho. No meio da madrugada, em algum lugar da capital espanhola, José Mourinho sente sua orelha especial arder loucamente, e sua cabeça tática doer de forma. Ele está de férias, já que a temporada européia acabou e o mercado ainda não foi aberto oficialmente pelos dirigentes merengues. M,as preocupado com com essas dores, ele resolveu ligar seu PC e procurar um remédio novo, que ele ainda não teria experimentado. Quando a aba inicial de seu navegador é aberta, ele descobre o motivo das dores: Dois de seus clones acabam de ganhar algo.


           O mais óbvio de todos é André Villas Boas. Até terça feira, André, de 33 anos apenas, era técnico do Porto, assim como Mourinho foi, teve uma temporada de 2010/2011 praticamente perfeita, sendo campeão português invicto com 5 rodadas de antecedência, comemorando o título no Estádio da Luz, campeão da Taça de Portugal e Campeão da Europa League. Agora, na quarta feira, já havia sido oficialmente liberado pelo time português para seguir os passos de seu predecessor e treinar o Chelsea, de Roman Abramovich. Clube havido pelo título da UCL, o milionário russo agora demitiu Carlo Ancelotti e contratou o jovem e competentíssimo treinador português, esperando que ele repita, com mais sucesso internacional, os passos do Special One. Agora, o time de Londres tem o "Special Two" oficialmente.

        Mas José Mourinho ainda sentia aquela dor de cabeça que o incomodava em toda entrevista coletiva. Aquela vontade louca de desferir violentas respostas contra os jornalistas e vociferar sua inteligência, capacidade de vencer e alterar o jogo quando quiser. "Ah - pensou Mourinho, após ver qual o outro clone que obtivera sucesso- está explicado agora"

        Em outro continente, fora das luzes e do glamour europeu, Muricy Ramalho falava para quem quisesse ouvir, essas palavras de humildade só antes vista em Mourinho, o original

            "Todos aqui mereciam ganhar, mas se tem alguém que merecia mais, esse era eu"

       
         O técnico, um dos melhores que já houve nessa terra brasilis, acabara de ser campeão da Copa Libertadores pela primeira vez, e levou o Santos, time sensação do Brasil desde o ano passado, ao seu tricampeonato. A parcela de merecimento do técnico Muricy é inegável e enorme. Ele transformou um time que jogava muito ofensivamente, e de forma linda, e era uma água na defesa em uma equipe equilibrada em todos os setores. Muricy alterou o 4-3-3 para um 4-3-1-2 de respeito, com Arouca, Elano e Adriano no papel de volantes, dando liberdade para PH Ganso jogar como trequartista, livre da responsabilidade de marcar, e criando para Neymar Jr. e Zé Eduardo, este inútil. O time mereceu o título, e Muricy, como ele mesmo disse "ganho título em todo lugar que eu vou", "Sou um vencedor nato", "Eu merecia esse título" "Aqui é muito trabalho. Peguei esse time e em seis meses já ganhei dois títulos". Estamos diante de mais um "Special".

          Agora Mourinho se sente reconfortado. Regozija-se de ter criado uma linhagem de técnicos vencedores a sua semelhança. Alguns mais simpáticos, outros não, mas todos munidos da grande capacidade de vencer e do enorme conhecimento que ele julga ter. Mas José Mourinho interrompe essa felicidade com um pensamento "Só há um 'The Special One'. Nada de Special Two ou Three". E ele volta a dormir.

Um comentário:

Eduardo Melido Ribeiro disse...

Na verdade verdadeira, são 3 malas! 3 malas competentes mas maaaaalas que só!
Um dia aprofundo mais esta quetán! rsrsrs