terça-feira, 26 de junho de 2012

Euro 2012: A melhor semifinal possível.

              Seguindo na análise das semifinais da Euro-12. Aliás, me parece tão decadente falar "Eurocopa" que por isso só chamo de Euro. Seja pela unidade monetária ou por economia de palavras mesmo. Que se dane, o que importa são os jogos.

             Pois bem, a semifinal a ser disputada na quinta feira, dia 28/06, reúne nada menos do que 7 títulos mundiais, a seleção com o estilo de jogo mais atraente deste lado do planeta e também a mais apaixonante de todas, que sempre adora fazer as coisas do modo mais difícil porque, afinal, jogar no modo "Hard" é o que traz mais satisfação. Estamos logicamente falando da partidaça entre germânicos e peninsulares.

ALEMANHA X ITÁLIA
             Os germânicos, assim como a Espanha na outra partida, levam a pecha de favoritos para estarem na final desde que foram desclassificados no Mundial-2010, apresentando exatamente a antítese do futebol dos atuais campeões mundial e europeu. Com um time jovem, tempo para trabalhar e algumas figuras que se destacam demais no cenário atual, o treinero Joachim Löw tem meu respeito, e torcida.
             Com seu 4-2-3-1 bem definido, os chucrutes caíram no Grupo B e passaram bem. Contando com um dos melhores laterais em atividade, capitão do time e versátil Philipp Lahm, um promissor zagueiro Hummels, um ótimo Neuer no gol e, principalmente, com Bastian Schweinsteiger fazendo o papel de volante/meia perfeitamente e Mesut Özil armando o ataque, o jogo alemão é rápido, contundente e certeiro. Mesmo com Mario Gomez no ataque perdendo tantos gols quanto marcando. Gomez, da mesma forma que Klose, é um caneleiro puro sangue, da linhagem de Inzaghi.
Ó a carequinha do Gianni Infantino ali.
           Nas quartas de final, os alemão passaram o fusquinha por cima dos pensadores gregos, para a felicidade de Angela Merkel e tristeza do Monty Phyton, que erraram na previsão do resultado.

          O que dizer da Itália? Os comandados de Prandelli chegaram sacolejados por mais um escândalo de apostas, que chegou a afastar o lateral Criscito da equipe e lançar polêmicas sobre Gigi Buffon e os outros juventinos da equipe italiana. Diz a lenda que quando acontece uma m*erda dessas na península, um título é iminente, o que se comprova ao olharmos para 1982, 2006 e na conquista da UCL 2006/2007 pelo Milan (achou mesmo que eu não ia falar do Milan?).
 
          Gli Azzurri foram despejados no Grupo C, fizeram uma campanha digna sem sofrerem derrota, mas só garantiram a vaga nas quartas de final na última partida. Cesare Prandelli começou a competição tentando se aproveitar da base Juventina da equipe e mandou um 3-5-2 Conteano a campo. Após uma partida bizarra contra a Espanha, Prandelli retornou ao 4-3-1-2 das eliminatórias e só vem colhendo bons resultados. Além de elogios do Allegri.
         Nas quartas de final, como não poderia deixar de ser, os italianos mandaram na partida contra o English Team, mas foram incompetentes para transformar domínio em vantagem. Assim, a partida foi decida nos pênaltis e, como todo mundo sabe, Pirlo reanimou a galera de azul, após o erro de Montolivo, com uma Panenka, um cucchiaio, cavadinha, o diabo que seja, batendo o pilhado Joe Hart. Agora, o que o goleiro do M. City achou que estava fazendo com aquela pilha toda na cobrança de penalidades? Caía antes das cobranças, se postava feito uma perereca, fazia caretas.

O JOGO

         Vai ser legal para c*aralho, em qualquer circunstância, ao contrário da outra semifinal. Se a Alemanha mantiver o ritmo das quartas, a Itália deve simular um "Chelsea 2011/2012", se retraindo e esperando contragolpes puxados por lançamentos de Pirlo e correria de Balotelli e Cassano. Pelo lado alemão, Bastian Schweinsteiger tem grandes chances de jogar, enquanto que a Itália tem dúvidas sobre Abate e De Rossi. O primeiro, único lateral direito de ofício do time, (Maggio não defende e erra demais em uma defesa com 4 homens) se não jogar, pode levar Prandelli a voltar ao 3-5-2, já que Chielinni, aparentemente, se recuperou de lesão. 

          Novamente, eu quero que a Alemanha passe. O jogo deles é mais agradável e eu não gosto da base juventina da Itália. Todavia, se os germânicos não marcarem como se deve Andrea Pirlo, as coisas podem ficar feias no reino de Löw. A história também favorece os comedores de pizza, já que os chucrutes nunca venceram a Itália em fases finais de competições oficiais.

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