Primeiramente, parabéns ao time do Fluminense que foi o mais competente nesse BR-10, levantando merecidamente a taça e devolvendo ao melhor técnico do Brasil, Muricy Ramalho, o seu devido posto. Como já foi dito aqui, é complicado considerar o "Futebol Carioca" como vencedor, mas sim os clubes cariocas, os times, apenas. Não se tem, obviamente, a intenção de diminuir a importância do título do Tricolor das Laranjeiras que, mesmo com uma atuação ruim de doer na última partida do BR-10, contra um já rebaixado Guarani. De acordo com @carla_bda , o Flu estava doido para ouvir um "ééééé, amigo, o Fluminense vive um draaaama !".
"Segundamente", como diria o outro, a discussão inútil sobre ser esse o Bi ou Tricampeonato do Fluminense, já que o título conquistado em 1970 seria discutível, pois se considerariam apenas os Campeonatos Brasileiros disputados a partir de 1971 como válidos. Antes haviam dois torneios de caráter nacional, a Taça Roberto Gomes Pedrosa e a Taça Brasil, ambos organizados pela CBD (Confederação Nacional de Desportos), ou seja, anteriores a criaça da atual e medonha CBF. A discussão se arrasta a tempos, assim como a chatíssima história do título brasileiro de 1987, com a continuação da "Taça das Bolinhas", outro ponto insuportável que vez por outra reaparece para assombrar os dirigentes clubistas, cartolas parciais e o torcedor mais fanático, e ignorante.
O argumento para encerrar essa discussão tola é bem simples: O Fluminense é tão Tricampeão Nacional quanto o Flamengo é Hexa e o Vasco da Gama é Tetra. Mas preste atenção, não foi dito que eles venceram o Campeonato Brasileiro, mas sim que são campeões nacionais. Logicamente, para o torcedor mais fanático, não faz diferença, mas existe, mesmo que mínima. O Campeonato Brasileiro, organizado pela CBF, teve seu início sim em 1971, isso é ponto pacífico. Assim, o Flu tem dois títulos de Campeonato Brasileiro, mas, desconsiderar a Taça Roberto Gomes Pedrosa é o mesmo que desconsiderar a Copa União, conquistada pelo Flamengo em 1987, e a Copa João Havelange, conquistada pelo Vasco da Gama em 2000.
Desta forma, a ressalva sobre o título das competições nacionais devem ser feitas acerca de seus nomes e datas, mas não desconsideradas. Por isso, a consideração do Fluminense ser tricampeão NACIONAL é válida, mas não Tri do BRASILEIRO. Pode parecer um argumento tolo, que não resolve muita coisa, mas tem lá seu fundamento e, convenhamos, agrada a quase todos os clubes do Rio de Janeiro, exceção ao Botafogo e sua estrela solitária conquistada em 1995.
Já se disse muita asneira para desmerecer o título da Taça Roberto Gomes Pedrosa, o "Robertão". Uma das mais clássicas é que ele não deve ser considerado porque se jogou na época do Futebol Amador no Brasil. Cara pálida, se for assim considerado, não mudou nada pois, de verdade, o que não existe em relação ao Futebol nacional é tal "Profissionalismo". Quem estuda de verdade e compara com modelos profissionais de verdade (principalmente o modelo Europeu), sabe muito bem disso. Já se disse também que por terem sidos organizados pela CBD, anterior a CBF, os títulos seriam inválidos, servindo apenas para história. Daí replica-se que, essa época de "Futebol Amador", das disputa do "Robertão", coincide com 3 dos 5 títulos mundiais conquistados pela Seleção Brasileira (comandada pela mesma CBD). Então, seria o Brasil Bicampeão Mundial, com apenas os títulos de 1994 e 2002 ?.
O que falta ao Futebol Brasileiro, em especial aos grandes clubes, é exatamente a noção de que essas discussões ridículas devem ser deixadas de lado e que uma grande união deles, com força e poder de negociação, sem se curvar aos mandos e desmandos de CBF ou Rede Globo. Os dirigentes deveriam deixar de serem simples torcedores fanáticos cegos pela possibilidade de ofuscar uma conquista belíssima de um adversário.
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