Deve ser culpa do tal de "Complexo de Vira-lata" ou qualquer coisa que um psicólogo do esporte teria o maior prazer de explicar, em palavras muito complicadas e técnicas o que pode ser resumido simplesmente desta forma: O brasileiro, em geral, tem que esfregar na cara dos europeus a conquista de um título mundial. Milhares de motivos e clichê podem ser escritos aqui para justificar, mas não vale a pena gastar tempo com isso. Aparentemente, apenas um título esdruxulho como o Mundial da FIFA aplaca essa sede de vingança, que na verdade é de todas as áreas, principalmente econômica, mas encontra sua válvula de escape no esporte.
Acontece, torcedor brasileiro de qualquer região, cor, raça, credo ou time, que tal título, tal estrela que é orgulhosamente colocada no escudo do brasileiro vencedor, sempre foi vista como secundária, aliás, o que sempre foi. É verdade que o Mundial de Clubes é colocado em segundo plano na Europa e não é desejo defender a posição deles apenas por ser deles, mas com um argumento que deveria ser universal. Este título mundial é menos importante do que a Champions League ou mesmo o Campeonato Nacional (inglês, italiano, espanhol, qualquer um dos mais importantes) por que esses são mais valorizados.
Para qualquer torcedor europeu e, mais ainda, dirigentes, jogadores e técnicos, o campeonato continental, a UEFA Champions League, é o título mais importante da temporada, e, muitas vezes parece, mais importante até do que a Copa do Mundo. A UCL tem mais tradição, tem mais audiência, realmente tem os melhores times e os melhores jogadores em campo, no máximo da sua capacidade física e técnica. A glória da conquista de uma UCL é, para eles, incomparável, até por que vira um "Patch" no uniforme, com o desenho da "Orelhuda" e quantidade de glórias continentais conquistadas pela agremição. E, além do mais, a premiação é maior do que a do Mundial de Clubes.
Quanto aos campeonatos nacionais, mais antigos até que a velha Copa dos Campeões (UCL até 1992), não é tão diferente do que acontece aqui no Brasil, com toda sua tradição e as rivalidades. Um título nacional impõe o devido respeito no âmbito interno do esporte e, ainda, ecoa no âmbito continental se a conquista for gloriosa, com grandes vitórias no clássicos e tudo mais. Agora, o que difere é que as estrelas de campeão não são bordadas com tanta facilidade como por essas bandas. Na Lega Calcio, por exemplo, o emblema ganha uma estrela a cada 10 títulos nacionais conquistados. A Juventus de Turim ostenta 2 estrelas pelos seus 27 títulos nacionais enquanto Internazionale e Milan, com 18 e 17 títulos respectivamente, têm ambos uma estrela bordada acima de seus escudos.
Seria bom ter essa postura adotada aqui, pelo futebol brasileiro. Começar a ver o título da Libertadores da América ou mesmo do Brasileiro como os mais importantes a serem disputados, pois são os mais difíceis, os que realmente vão para história e marcam o jogador, o torcedor e o clube. Valorizar o que é nosso, sem ufanismo idiota, seria muito mais importante e uma atitude forte para mostrar para que quiser que não se precisa derrotar um time europeu para se considerar um clube, ou time, bom de verdade.
Atualização:
Éééééé, amigo. Não tem mais Mazem-Bobo no Futebol Mundial.
Atualização 2:
ORDINÁÁÁÁÁRIA ! |
E Roth, vê se aprende dar explicações melhores por que " O Tchan do Futebol" num dá.
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