Esse texto é o complemento de um mais antigo (se quiser ler, clique aqui), quando uma das modernidades no futebol foi destacada: o fim da criatividade nos nomes de jogadores. Hoje em dia atleta mesmo tem que ter nome e sobrenome na camisa, como já foi dito. Agora, a outra parte da chatice e caretice que invade o esporte, com a roupagem de ser "politicamente correto" é a proibição das reações criativas e mesmo instintivas de comemoração ou provocação.Sinto falta de Edmundos, Romários, Renato Gaúcho, Vampeta. Pessoas de verdade, com algo a dizer, mesmo que seja um foda-se.
Watch your mouth, Rooney. |
Alguns exemplos recentes podem expor muito bem essa minha posição. Em jogo válido pela Premier League inglesa, o avante Wayne Rooney, jogador do Manchester United, marcou consideráveis 3 gols contra o West Ham e, no último, encarou a câmera de TV e, numa reação normal para qualquer jogador, até de pelada, soltou um sonoro "Fuck off" para quem quisesse ver ou ouvir em rede internacional. Minha gente, o rapaz marcou nada mais, nada menos do que famoso Hat Trick, está voltando de uma fase de merda que vinha atravessando, é compreensivel. Mas não para os velhinhos da FA que, numa atitude para lá de conservadora e policamente chata, suspenderam Rooney por dois jogos, fazendo com que tenha sido desfalque no último jogos dos Red Devils, contra o Fulham (vitória por 2 X 0), e ainda perderá o Derby de Manchester na semifinal da FA Cup, no próximo dia 16.
A FederaCalcio, por seu lado, defendeu os bons costumes italianos, que têm como símbolo maior o Primeiro Ministro, Sir. Silvio "Bunga-bunga" Berlusconi, multando o Milan em alguns mil Euros por conta da lindíssima e perfeita bandeira que trazia a imagem da última ceia e chamava o traditore Leonardo de "Giuda Interista", no Derby della Madonnina. Chatos politicamente corretos de merda.
É um babaca, porém o juiz foi mais. |
No Brasil, mais escpecificamente em São Paulo, esses pulhas atacaram já há um tempo, proibindo as torcidas paulistas e paulistanas de levarem bandeiras e cartazes para os estádios, ao contrário do que acontece aqui no Rio de Janeiro, por exemplo. Assim, os estádios do vizinho ficam mortos, feios, sem cores e sem belos shows das torcidas. Verdadeiros cemitérios da diversão. Ainda posso citar a expulsão de Neymar em jogo válido pela Libertadores, por ter colocado uma máscara (dele mesmo) para comemorar outro gol seu. Não gosto dele, não escondo isso, mas isso foi uma puta de uma babaquice, mesmo sendo regra.
Cee Loo Green, para o politicamente correto. |
Há ainda outros exemplos esdrúxulos, como cartão amarelo obrigatório quando alguém comemorar seu gol retirando a camisa do time. Punição óbviamente imposta pelso patrocinadores, não pela manutenção da ordem no espetáculo. CHATO. O maior baluarte da insuportável caretice que invade o esporte bretão, em âmbito nacional, é o tal "Estatuto do Torcedor" que proíbe, entre outras coisas "cantos ofensivos" ou qualquer outra manifestação que possa ser interpretada como manifestação de animosidade.
O linguajar de baixo calão foi proposital. Aqui não tem policamente correto, vale falar o que quer, como quiser. Enquanto esse movimento de merda, chamado politicamente correto, ganha força no esporte, a liberdade de expressão se fortelece por aqui, e como diria Cee Loo Green, "Fuck you and Fuck her too".
Nenhum comentário:
Postar um comentário