terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Imprevisto - Não se fala de Futebol - Parte 2


              Avisei que o post era longo, tanto que me faltou inspiração para falar do mágico futebol americano, ainda contei com a amizade do editor-chefe que dividiu meu texto crente que aumentaria a parte do futebol americano... Ledo engano! 
               Ainda acabei com o título do Post, afinal, falarei de futebol (americano), modalidade que vem caindo no gosto popular, que não é tão difícil de entender e que tem o tal improvável em campo tal qual o soccer, opa, o futebol futebol. 

              Me enquadro dentre os novos fãs do jogo, comecei um pouco antes da moda mas como esportista e jornalista não tive como não me contagiar com os últimos jogos da temporada que está perto do fim. 2011-2012 favoreceu a chegada de novos torcedores com tantos recordes quebrados, a transmissão americana impecável de dar inveja ao Boninho (um Big Brother a cada jogo, sem escapar nenhum detalhe pelas câmeras espalhadas no estádio), o salto mortal para touchdown, os retornos de 99 jardas, os erros de arbitragem, os recordes dos Saints, tudo poderia chamar a atenção mas o improvável, esse amigo antigo também vestiu capacete e se mostrou presente no jogo da bola oval.


            Improvável existe sim num jogo de estratégia, de ataque contra defesa, de conquista de território. Durante a temporada regular quando os Colts nao sobreviveram sem seu QB, uma duvida que pairava quando este blogueiro ainda estava em solo americano e nao entendia os incansáveis debates a respeito de Payton Manning até perceber que Indianapolis receberá o SuperBowl e foi-se a chance de jogar em casa.
Ou que tal nas semifinais de conferência, a prova da presença desse tal improvável teria sido triturada com o atropelamento de Brady sobre o calouro Tebow (bullying ?) mas se fez presente numa fantástica partida entre San Francisco 49ers e New Orleans Saints com suas voltas e reviravoltas nos últimos 3 minutos. Nem mesmo o recordista Drew Brees em seus lances geniais foi capaz de superar o improvável. Saints x 49ers fizeram o tal jogo histórico, fantástico, envolvente, raro! Mas o tal improvável, que faz o esporte ser apaixonante, se fez presente novamente nas finais de conferência.

Como se diz 'entregar a paçoca' em inglês?
How do we say 'entregar a paçoca' in english? 


             Kyle Williams e Billy Cudiff podem ajudar! Isso porque os dois jogadores poderão ter um futuro brilhante mas dificilmente serão esquecidos em breve, porque eles mostraram a força não-oculta do improvável. Falharam em lances capitais mas lances cotidianos! Os times de Baltimore e Sao Francisco ficam de fora e Patriots x Giants farão o Superbowl. 


            Foi como o frango do melhor goleiro do campeonato, o chute pra fora do artilheiro, o pênalti bobo do xerife da zaga. Eles provaram que errar é humano, esporte é feito por homens e que pode ser decidido pelo erro. 

           Mas não quero valorizar o erro, quero valorizar o diferente, aquilo que decidiu, o improvável! Porque se eles tivessem feito o de sempre, o jogo não teria sido tão especial e não chamaria tanta atenção. Porque sem isso, o mais fraco nunca ganharia um cinturão de UFC. Isso chama a atenção, isso é esporte, isso cria paixão, isso causa insônia, isso gera textos enormes em blogs! Será que o improvável pode dar um força, pegar a raquete e acertar um tenista brasileiro que faça valer a pena ficar acordado de madrugada para ver o Austrália Open 2013?


          Até a próxima!

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