quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A camisa 9 de volta ao seu lugar.

            
          O que se poderia esperar de uma Internazionale que apresentava um futebol irregular e que havia sofrido uma derrota no clássico contra a Roma, com um gol nos acréscimos ? Ainda, este mesmo time não contaria com seu atacante principal, Diego Milito (#22), e com um dos armadores de jogadas, dono da ponta esquerda do 4-2-3-1 italiano, o camisa 27, Pandev. Desconfiança era o mínimo. Do outro lado, o Werder Bremen também vinha desfalcado de jogadores-chaves, como o atacante Cláudio Pizarro, mas, no campeonato alemão, tinha vencido o Hamburgo, em 25 último, por 3 a 2. Bem, como o futebol é sensacional, as baixas por lesão na Inter mostraram, de maneira inegável, que as peças de reposição estão no mesmo nível e, no caso do atacante de referência, é muito mais eficaz nessa temporada. O nome do jogo foi Samuel Eto'o, com um Hat trick (o velho barba,cabelo e bigode) e uma assistência para o gol de Sneijder, fechando a goleada no Giuseppe Meazza. Ao Werder, sobra lutar pela terceira vaga do grupo, com o Twente, para abocanhar uma vaga na Europa League.
           Na escalação de Rafa Benítez, a Inter veio com um meio campo muito leve, tendo Coutinho (#29) e o francês Biabiany (#88) nas pontas e Sneijder na articulação. Volantes escalados foram Cambiasso (#19) e Stankovic(#5). A defesa era formada por Maicon, Lúcio, Córdoba e Chivu. No ataque, o camaronês Eto'o, em ótima fase. No lado do Bremen, Hugo Almeida (#23) era o único atacante, municiado por Borowski e Marin (#10). O primeiro estranhamento foi a escalação de Wesley (#5), ex-Santos, na lateral direita. Eu realmente esperei o jogo começar para confirmar essa escalação.

          Bola rolando, aos 2 minutos a Internazionale mostrou que poderia entrar em curto circuito, numa bola recuada, Júlio César saiu do gol muito mal, foi encoberto por H. Almeida que, para seu azar e sorte da defesa interista, bateu fraco o suficiente para Lúcio chegar antes da bola cruzar a linha do gol. Primeira chance, primeiro susto. O que não quer dizer que foi o último. O Werder marcava forte a saída de bola da equipe de Milão e, numa dessas bolas recuperadas, aos 4 minutos, H. Almeida sofre uma falta, frontal ao gol de J. César. O atacante português bateu forte, obrigando o goleiro brasileiro a fazer uma bela defesa. E, aparentemente, esse foi o fim do repertório de ataque da equipe alemã. A partir dos 6 minutos, quando Biabiany cruzou uma bola na área do Werder, e Coutinho cabeceou para fora, o jogo tomou contornos de passeio da Inter, e o goleiro Wiese trabalhou bastante. Nem dois minutos depois dessa cabeçada, Coutinho colocou o holandês 10 da Inter na cara do gol, obrigando o goleiro da equipe alemã a fazer uma ótima intervenção.
Sneijder: Assistências e Gol.
         O ataque da Inter estava leve, rápido e passou a apertar a saída de bola do Werder Bremen. O último fôlego de ataque da equipe alemã foi aos 19 minutos, com um cruzamento partindo da direita e H. Almeida perdendo outro gol simples de ser feito. Muricy avisa que a "bola pune". Aos 21 minutos, a tática de apertar a saída de bola do Werder deu certo para a Inter e Eto'o, recuperando a bola no lado direito, entrou na área e bateu, sem chances para o goleiro. 1 a 0 e começou o passeio. 5 minutos depois, Lúcio faz um ótimo lançamento, Eto'o mata de direita, ser livra dos zagueiros e bate. Segundo gol da Inter, e segundo do camaronês. Aliás, Lúcio na Inter e Piqué no Barça saõa ótimos zagueiros-atacantes. Quando o relógio marcava 29 minutos, Eto'o achou Stankovic na entrada da área do Werder, tocou para o sérvio, que tentou encobrir, sem sucesso, o goleiro do time alemão. Dava tempo para mais, e Sneidjer concordou comigo ao marcar, aos 34 minutos o terceiro gol da Inter no primeiro tempo, após passe perfeito do dono do jogo. A essa altura, para infernizar ainda mais a defesa alemã, os garotos Coutinho e Biabiany invertiam constantemente os lados.
Coutinho: uma boa aposta.
        O segundo tempo começou com a substituição de J. César por Castellazzi (#12), só para deixar o goleiro italiano de 35 anos jogar um pouco na Inter, e no Bremen, para corrigir o erro da escalação inicial, Pasanem (#13) entrou no lugar de Borowski, assumindo a posição de lateral direito, liberando Wesley para jogar na armação das jogadas. Pouco adiantou por que, previsivelmente, a Inter diminuiu, e muito, o ritmo do jogo, controlando-o através de uma posse de bola quase catalã. O Werder até tentou atacar, aos 50 minutos com o mesmo Wesley batendo para uma defesa de Castellazzi, mas não passou disso. Aproveitando uma falha na saída de bola, nem tão apertada agora pela Inter, Coutinho roubou uma bola na lateral esquerda, entrou em diagonal na área do Bremen e bateu para, novamente, o goleiro Wiese defender.

Eto'o em noite inspiradíssima.
         O jogo seguia em banho-maria até que, aos 60 minutos, a nota triste. Após pular para disputar uma bola, o zagueiro Lúcio (#6), ao pisar no chão, pediu imediatamente substituição. Ele sentiu o joelho esquerdo, que já estava protegido desde o início do jogo. Em seu lugar, entrou o menino Santon (#39), para lateral esquerda e Chivuzaga. Enfim, aos 81 minutos, Eto'o recebe um passe de Sneijder avança em direção a área, dribla o goleiro e chuta, bem devagar, para o gol vazio. Fim de jogo. Hat Trick para o camaronês.

      Difícil elogiar, mas não tem jeito. Foi um jogão da Internazionale, e, para mim, Diego Milito e Pandev perderam as vagas no time titular, até segunda ordem. 

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