quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Milan vence Auxerre: Ibra-dependência e gol de R. Gaúcho.


            No jogo dessa terça feira, transmitido pela ESPN Brasil, o Milan veio a campo com a missão de vencer e, dependendo do resultado de R. Madrid em jogo contra o Ajax, assegurar a vaga nas oitavas de final da UCL 2010/2011. Como diz o outro, missão dada é missão cumprida, e o Auxerre foi batido por 0 a 2. Entretanto, mesmo com essa parte da competição já vencida, o jogo deixou mais ainda em evidência e dependência do Milan em relação ao seu camisa 11, o sueco Ibrahimovic e, por tabela, o descontentamento flagrante de Allegri em relação a Ronaldinho Gaúcho e sua vida de atleta não-profissional, quando o fez entrar, pela segunda vez seguida, no jogo faltando 5 minutos, mais os eventuais acréscimos, para o término deste. Bem, dessa vez o Gaúcho deu resultado e marcou um gol. Porém, na minha opinião, o castigo imposto pelo técnico milanista será abrandado aos poucos.

          O Milan começou com Abiatti no gol, Abate na lateral direita, Nesta e Thiago Silva na zaga central e o "morto muito louco" Zambrotta na lateral esquerda. O meio campo, muito bem definido por João Palomino e Antero Greco na narração como "formação 007, por ter licença para matar", tinha Gattuso, Ambrosini e Flamini. Como Trequartista, Seedorf e no ataque, Robinho e Ibra. A formação do Auxerre, assim como sua representatividade no cenário continental e mesmo nacional, por não ter conquistado um mísero título da Ligue 1, é por completo inexpressivo e ignorável. 


          Jogando em seu estádio, o Abbe-Deschamps, o Auxerre foi quem tomou as iniciativas ofensivas, enquanto o Milan apenas utilizava seu meio campo para destruir qualquer jogada. Sem exceções, todos vestidos de vermelho e preto bateram desesperadamente em qualquer um que vestisse uma camisa diferente, e tudo com a condescendência do juizão Damir Skomina, que poderia muito bem ter expulso os 3 volantes do time de Milão. No geral, fora as chances perdidas por Robinho (ora, vejam só..) e Gattuso (quem diria...), em contra-ataques, não houve grandes destaques na primeira etapa.
êh, baitolagem..
       No segundo tempo, o Milan voltou com alguma vontade ofensiva, mas esbarrava sempre na velocidade de tartaruga com cãmibras na ligação de Seedorf ou na falta de habilidade de Flamini, pelo meio, e Abate, pela lateral. Até que, aos 64 minutos, Seedorf tentou lançar Robinho pela direita, mas o passe foi muito mal cortado por Dudka, que deixou a bola sobrar livre na meia-lua. Ibrahimovic, com sua chuteira 47, bateu com força, no contrapé de Sorin (que não é o lateral ex-Cruzeiro) e marcou o gol que simboliza o quanto o time do lado vermelho de Milão precisa do sueco para resolver as coisas. Assim como dependia de Kaká e Sheva, anteriormente.
isso, menino-meleca. Joga bola e faz gol
        Com a vantagem no placar e com o Real Madrid aplicando uma surra no Ajax (0 a 4), o jogo ficou mais lento ainda, naquela de "finge que ataca que eu finjo que defendo". Até que, aos 85 minutos de jogo, Ibrahimovic pediu para ser substituído e Allegri, prontamente atendeu, chamando Ronaldinho Gaúucho, que se aquecia desde os 62 minutos de jogo. Com um tapinha nas costas do eterno Mauro Tassotti, as instruções foram claras: vai lá e acaba com esse jogo. O camisa 80 levou exatamente 7 minutos para fazer o que dele se espera, completando uma boa jogada de Robinho (depois de mais de 90 minutos correndo, algo direito tem de fazer), batendo com extrema destreza e perícia que lhes são peculiares. Caixão fechado para o Auxerre, que agora irá disputar a terceira vaga do grupo, que garante acesso a fase eliminatória da Europa League.


       No próximo jogo, é provável que Allegri dê um descanso para o ultra importante Ibrahimovic, escalando alguns meninos do primavera e, talvez, escale Ronaldinho Gaúcho. Na opinião geral, e na minha também, o castigo do técnico milanista ao R80 deve continuar, mas ele pode ser posto em campo gradativamente, para aprender de vez que a equipe precisa dele, sim, mas o Milan é maior do que um jogador, que se porta como Ex-atleta em atividade, com uma vida social e noturna incompatível com suas responsabilidades.

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