segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A Batata quente e o adeus do Professor Pardal

            
            Se existe uma brincadeira que define bem o que se tornou a liderança da BR-10, essa é a clássica "Batata quente". Impressionante como, desde ano passado, nenhum time parece interessado em ficar com a pole position do Brasileirão e, mais ainda, terminar campeão. Para falar a verdade, a minha teoria é de que os times brasileiros passaram a valorizar muito mais a vaga na Libertadores do que o título nacional. Motivos ? bem, premiação melhor, mais destaque internacional e uma ótima "vitrine" para os talentos vindos da base (que o diga o Internacional, né, Taison ?). 
           Esse fator, aliado ao campeonato ser longo demais (38 rodadas, de março a dezembro) e ao agravante de termos Copa do Mundo, o que obrigou os times a jogarem sempre dois dias na semana, sem muito tempo para recuperação, transformou o futebol nacional nessa bagunça, com jogos mais truncados e lentos. E a "batata quente" sempre muda de mãos, porque ninguém a quer. Está mais para um abacaxi, na verdade.
Leva que é seu, Cuca.
            No BR-09, Muricy pegou o Palmeiras na primeira posição, e lá se manteve por 19 rodadas. Depois, cansou e revezou com Atlético MG, Grêmio, Internacional para, no fim de tudo, quando ninguém queria ser campeão, o Flamengo de Andrade, Adriano e um ressuscitado Petkovic resolveu que seria campeão. Agora, Fluminense, do mesmo Muricy, e o Corínthians, primeiro de Mano Menezes, e depois de Adílson Batista, revezaram-se na liderança até a rodada 29, quando o Cruzeiro, do sempre alegre e risonho Cuca ( ele está usando uma calça jeans apertada que, só de ver, dói meu s*&¨%aco), resolveu que está afim de liderar. Tudo bem, se antes dele, Botafogo, Santos e Internacional já não tivessem parecido querer a liderança. Resta ver até onde vai a Raposa.
Já pediu as contas, Professor Pardal ?
          Por falar em Corínthians, o técnico Adílson "professor Pardal" Batísta, após uma chacoalhada do Atlético-GO, em pleno Pacaembu, por 3 a 4, pediu o boné e deixou o time do Parque São Jorge, na primeira crise que se instalou depois da saída do Mano "dos manos" Menezes, para a SeleCBF. O que pode ter pesado para o professor Pardal foi que o elenco do "Curíntchia" estava sentindo demais a maratona de jogos, com muitas lesões, suspensões e, mais ainda, sentindo a falta de Ronaldo, ou qualquer atacante de verdade. Depois da perda de Dentinho e Jorge Henrique, vieram as lesões em sequência de muitos titulares e o pedido da torcida por Souza. Era o fim anunciado. 
         Ficam no ar algumas perguntas, como, por exemplo, teria Mano Menezes mais respaldo de Andrés Sanchez ? Ronaldo ainda vale o que pesa ? Sério mesmo que o Parreira foi procurado ? Terá Adílson Batista finalmente cumprido sua missão do ano passado, colocando o Cruzeiro na liderança do Campeonato Brasileiro ?

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