Assistindo a reprise do "Linha de Passe", me prendi a um comentário do "galã" Márcio Guedes sobre o cuidado e a preocupação que se instalou no Botafogo quando o assunto é o atacante Jóbson e sua vida fora de campo. Ele não foi relacionado em algumas partidas seguidas pelo técnico Joel Santana e no clássico contra o Flamengo, quando era cotado para ser titular, foi vetado na última hora pelo departamento médico do alvinegro carioca, que justificou o veto afirmando ter o jogado reclamado de dores no joelho. No mínimo, estranho. O que me chamou a atenção, até para escrever, foi que esse rapaz, na minha opinião, é um divisor de águas no tocante à punições por doping. O STJD, o Botafogo e o futebol deram nova chance para este bom jogador, que aproveitou bem durante algum tempo, e, de uns tempos para cá, parece estar mais propenso a se perder do que se acertar.
Na última temporada, Jóbson foi denunciado por doping, por uso de Crack, nas últimas partidas do BR-09, contra o Coritiba (8 de novembro) e Palmeiras (6 de dezembro). Confirmada a dopagem do jogador, o STJD o condenou, em primeiro julgamento, a uma suspensão de 2 anos, como havia ocorrido com outro atacante, Dodô. Em análise de recurso, e depois de certo burburinho da imprensa, os auditores do STJD perceberam que o jogador não precisava de uma suspensão, o que acabaria de vez com sua carreira, mas sim de tratamento específico para seu problema, como qualquer dependente químico. Assim, reduziram a pena de suspensão de 2 anos para 6 meses, fazendo com que o jogador pudesse voltar a exercer sua profissão a partir do dia 20 de julho deste ano. O Botafogo acolheu o jogador, mesmo suspenso, o deixou treinar em suas dependências e, assim que pode, inscreveu Jóbson como seu jogador para o BR-10.
A decisão se mostrou acertadíssima e Jóbson correspondeu, com ótimas atuações e gols, a confiança depositada pelos dirigentes do Botafogo. Entretanto, ultimamente, o jogador vem demonstrando sinais de perda do controle sobre sua dependência e não vem mais levando uma vida regrada que todo atleta profissional deve ter. O jornalista Márcio Guedes, no "Linha de Passe", deixou claro que a preocupação é grande e que há um real perigo do atacante novamente por sua carreira em risco.
Jóbson tem que acordar e ver a chance que pode estar jogando fora. Se for pêgo em doping de novo, acho difícil o Botafogo repetir sua conduta, e acho mais difícil ainda qualquer outro clube tomar uma posição paternalista como fez o Clube de General Severiano. Ótimo jogador, atacante talentoso e rapidíssimo, o rapaz, de 22 anos apenas, pode acabar com a carreira, se não se aprumar.
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